sábado, 27 de outubro de 2012
A linguística contemporânea é marcada por diferentes vertentes teóricas que se constituíram ao longo do século XX e que se consolidam neste início do século XXI. No que concerne ao campo científico da linguagem, a riqueza teórica na formação epistemológica de um objeto de estudo conduziu a linguística às duas principais perspectivas de análise: FORMALISMO e FUNCIONALISMO. Cronologicamente, poderíamos dizer que esses dois paradigmas teóricos surgiram em momentos bastante próximos, no início do século XX, definindo os dois modos essenciais de análise da linguagem, ora se pautando na FORMA linguística ligada às unidades estruturais da língua, ora priorizando a FUNÇÃO que tais unidades linguísticas assumem no sistema.
Entre os expoentes do formalismo linguístico podem-se incluir linguistas vinculados ao estruturalismo norte-americano (Leonard Bloomfield, Fries, Harris), bem como aqueles que contribuíram de algum modo, nos sucessivos modelos do gerativismo de Noam Chomsky. O funcionalismo, por sua vez, encontra-se ligado, inicialmente, aos autores do estruturalismo europeu da Escola de Genebra (Saussure, Martinet), da Escola de Praga (Trubetskoy, Jakobson, Danes). Em seguida, desenvolve-se nos modelos de gramática funcional apresentados na Escola de Londres (Firth, Halliday) e no Grupo da Holanda (Reichling, Dik).
Gabriel Meneses Ferreira
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